"Julgamento que durou mais de 15 horas ocorreu nesta quarta-feira (24) em Tijucas; entre os crimes, está o de feminicídio 25/11/2021 - 00h09 - Atualizada em: 25/11/2021 - 00h18
Por Luana Amorim luana.amorim@nsc.com.br Sessão teve início na manhã desta quarta-feira e terminou só a noite(Foto: MPSC/Divulgação) Foi condenada a 56 anos e dez meses de prisão em regime, inicialmente, fechado a mulher acusada de matar uma grávida em Canelinha, na Grande Florianópolis. Ela também foi condenada a oito meses de detenção pelo júri. O caso ocorreu em agosto do ano passado, mas o julgamento só aconteceu nesta quarta-feira (24) em Tijucas. Ela foi condenada pelos crimes de homicídio qualificado - feminicídio, motivo torpe, mediante emboscada e por impossibilitar a defesa da vítima -, tentativa de homicídio e mais quatro crimes conexos - ocultação de cadáver, fraude processual, subtração de menor e parto suposto. Além disso, os jurados também acataram, na tentativa de homicídio, o fato de ter sido praticado sem dar chances à vítima. Ao todo, sete pessoas foram ouvidas entre amigos e pessoas que atuaram no caso no julgamento que durou mais de 15 horas. A ré também prestou depoimento. Antes da sessão, houve um protesto na frente da Câmara. Amigos e familiares da vítima vestiam camisetas com o rosto dela e seguravam um cartaz com a frase: "Os dias passam lentos, as horas machucam como espinhos, mas temos forças e confiamos na chegada da justiça". Uma das testemunhas - o policial que participou das investigações - afirmou que a ré chegou a pesquisar na internet e com amigas como seriam os exames para comprovar o parto e forjar provas. Além disso, o viúvo da vítima contou que, no dia do assassinato, a esposa se preparava para o chá de bebê quando comentou que "nem o marido nem a mãe poderiam falar que sabiam da surpresa". Ré estudou como tirar o bebê do ventre da mãe A ré começou a ser interrogada por volta das 17h30. No depoimento, ela admitiu que pesquisou na internet sobre o parto e a gravidez para simular os sintomas. A mulher também disse que planejou todo o crime: desde o chá de bebê falso, para a emboscada, até o lugar do ataque. Ao ser questionada pelo MP sobre os detalhes do crime, ela admitiu que estudou pelo celular como tirar o bebê do ventre da mãe e que se sentiu capacitada para isso. À defesa, ela alegou que só se arrependeu do que fez depois que foi presa." FONTE: https://www.nsctotal.com.br/noticias/acusada-de-matar-gravida-em-canelinha-para-ficar-com-bebe-e-condenada-a-56-anos-de-prisao
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